domingo, 24 de abril de 2016

Desenvolvimento infantil - Comportamento

Olá gente!

Esses dias tivemos que fazer um trabalho da faculdade que deveríamos desenvolver com os pais das crianças que estavam em terapia conosco, pois percebemos que muitas delas tinham desvios de comportamento que eram reflexo de falta de limite e não do diagnóstico delas.
Depois de ler alguns textos sobre o assunto e ver o quanto isso interfere na terapia resolvi trazer para o blog também um pouco do material que estudei e algumas dicas que aprendi com a pesquisa.

1. As crianças são na maioria das vezes um reflexo dos pais


Sim! É isso mesmo, se você parar para analisar e prestar bem atenção nos pais dessas crianças você vai perceber muitos traços em comum, as vezes a criança fala mito alto (gritando) e isso acontece por na casa dela todos ou pelo menos a pessoa que mais convive com ela fala dessa forma, por exemplo.

2. Crianças agressivas, na maior parte da vezes, tem problemas para se expressar


Normalmente essas crianças não sabem dizer o que está incomodando, que estão tristes ou magoadas. As vezes por timidez, em outras por que realmente não entendem o que estão sentindo, pode ser porque não sentem que os adultos a sua volta estão dando importância ao que elas estão dizendo ou até mesmo por já ouviu de algum adulto que falar o sente é demonstrar fraqueza (isso é frequente entre os meninos principalmente).

3. Exigimos muito de nossas crianças


Hoje não é difícil encontrar crianças que são pequenos adultos, não podemos vê-las assim elas são crianças em desenvolvimento e precisam de tempo e espaço para explorar todas as possibilidades. Sim elas precisam se sentir a vontade para rir e chorar, para tentar novamente e devem ser incentivadas a isso, devem se sujar, brincar, sim eu disse brincar, pois é nessa momento de brincadeira que se desenvolve o imaginário das crianças e muito do que ela vê no dia a dia dela vai ser demonstrado nesses momento de brincadeira.

4. Muitas vezes não damos outra alternativa pra elas


O fato é que desde muito cedo ela aprendem que se chorar, espernear ou fizer birra elas vão conseguir o que querem, e isso muitas vezes é reforçado por nós que não querendo passar vergonha ou querendo sair logo daquela situação damos a ela o que ela quer e pronto. 
Um outro ponto é querer dá a ela tudo o que nunca tivemos quando criança, calma os mimos também tem limite e hora certa.

5. Achamos que essa responsabilidade não é nossa


Infelizmente com essa rotina maluca que temos hoje deixamos o papel de educador para a escola, igreja, avós, tios, babás, terapeutas ou qualquer outra pessoa que tenha algum vínculo com essa criança, é óbvio que isso está errado. O papel de educador é dos pais e é uma tarefa intransferível, eu sei que não existe um manual de instruções infalível, mas devemos entender que existem formas, alternativas, dicas, possibilidades e cabe a cada pai e mãe ir tentando e adaptando até chegar a um ponto satisfatório.

6. Pode ser a personalidade da criança

Todos somos diferentes e nossos filhos podem ter uma personalidade forte e por vezes destrutiva. Nesse caso você não deve se culpar eu se desesperar e sim buscar ajuda, alguém olhando de fora pode perceber coisas que nós não vemos e nos ajuda a mudar a situação.


A seguir algumas dicas que podem nos ajudar nessa tarefa difícil porem gratificante de EDUCAR FILHOS!


1. Olhe para si mesmo


Isso! Você precisa perceber quais atitudes suas estão influenciando de forma negativa o desenvolvimento de seu (sua) filho(a). Seja sincero (a), quanto mais você se entregar a essa tarefa melhores serão os resultados. Após identificar esses traços que não são favoráveis mude-os! Sim a mudanças devem começar em você. Não será uma tarefa fácil mais você vai ver que valerá a pena. Não tenha vergonha ou medo de demonstrar fraqueza os seus filhos precisam perceber que você é humana, não que a partir de agora você vai falar de todas as tuas imperfeições, mas eles vão perceber as mudanças e se perguntarem você pode dizer que está tentando ser uma pessoa melhor! 

2. Demonstre que você se importa com ela


Converse com a criança sempre buscando fazer contato visual, para isso ponha-se na altura da criança e fale de maneira branda e equilibrada, se você se desorganiza a criança perde o referencial. Sempre explique o que está acontecendo, diga a ela que sua atitude não foi positiva e porque, aos poucos ela vai entender. Ouça o que ela tem a dizer, a criança precisa sentir que você está interessado(a) no que ela tem a falar, isso faz com que ela fique mais confiante e entenda que pode conversar com você.

3. Dê para a criança alternativas


No máximos duas e que sejam possíveis. É interessante para a criança perceber que tem o poder de decisão isso ajuda no crescimento dela, ela se sentirá responsável, demonstra que você confia nela. É claro que as duas alternativas serão controladas por você afinal é você quem vai escolher as alternativas, mas garanta que sará feito o que a criança escolher por isso pense com cuidado nas alternativas.

4. O diálogo é quase sempre um bom caminho


Converse com a criança sobre tudo, deixe claro que ela pode ter em você alguém de confiança pra qualquer assunto. Nesses momentos aproveite para ensiná-la sobre bom comportamento, sobre bons hábitos, conte histórias, brinque, tenha tempo que qualidade com seus filhos, esses momentos são importantes para criar vínculos com seus filhos, pode ter certeza que esses momentos vão ficar tão marcados na mente de seus filhos que tudo o que você ensinar nesse tempo eles vão guardar para sempre. Mostre para a criança que existem limites, repreenda a criança logo que ela fizer algo de errado, ela precisa perceber o erro e ter a oportunidade de corrigir. Ofereça ajuda quando perceber que ela não consegue ou não quer fazer sozinha. agir da maneira correta é um habito e leva tempo para ser incorporado. 
Evite repetir sempre a palavra NÃO! As crianças ouvem essa palavra mais do que qualquer outra  em sua vida, então busque alternativas, outras formas de dizer não sem ser negativa, não use um tom de voz agressivo, passe serenidade pelo olha e pela forma de falar e dê a ela opções para sair daquela situação.

5. Imponha limites


Evite os castigos físicos! você pode retirar algo que a criança gosta muito (tv, games, celular, internet) por algum tempo sempre explicando o porque que você está retirando esses privilégios e deixando claro que tudo o que fazemos tem uma consequência, se fazemos algo ruim as consequências são ruins. Então não esqueça de elogia (reforço positivo) quando ela agir de forma correta e quando for o caso recompense, essas recompensas não necessariamente deve ser um presente podem ser bons momentos pois esses ficam na memória.
Lembre-se sempre não perca o controle!

6. Em casos extremos procure um profissional

Uma ajuda profissional é sempre bem vinda!

A nós terapeutas cabe perceber essas características nas crianças que atendemos e sempre que for o caso converse com os pais, ajude-os eles já estão sobrecarregados e não conseguem ver o contexto geral, você pode ser um auxilio precioso nesse momento.



Alguns links para se aprofundar no assunto:




Todas a imagens são meramente ilustrativas e foram retiradas de internet.

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